Quando a vaidade é inimiga da vida


Houve um tempo em que a beleza das mulheres estava justamente em seu tamanho avantajado, em suas curvas mais cheinhas. Em seus quadros, os artistas pincelavam mulheres gordinhas. Esse era o padrão admirado na época, por incrível que pareça.

Séculos depois, o valorizado hoje em dia é totalmente oposto ao que se pregava anteriormente. Agora, como todos sabem o top é ser magérrima. Coloco no gênero feminino porque, embora os homens também façam parte desse louco conceito, as mulheres ainda sofrem mais pressão quanto ao assunto. Prova disso são as mortes de mulheres noticiadas no último ano em decorrência de procedimentos cirúrgicos como lipoaspirações. Neste ano, temos o caso recente da jornalista Lanusse Martins Barbosa, que trabalhava na TV Justiça e morreu na última segunda-feira, 25, por uma provável embolia pulmonar após realizar uma lipoescultura.

Pelas fotos veiculadas na internet hoje (26), pode-se verificar que ela não estava nem perto de estar acima do peso, tampouco ser gordinha. Então, o que motiva estas pessoas a se submeterem a procedimentos como esses? Por mais que os especialistas digam que é seguro (será?), sempre há riscos, já que são consideradas intervenções cirúrgicas invasivas. Será que elas não têm consciência do perigo, mesmo após todas as tragédias anunciadas pelos veículos de comunicação a cada ano? Ou será que vale tudo, até mesmo pagar com a própria vida, para conseguir atingir um padrão estético imposto por uma sociedade cada vez mais exigente e, por que não dizer, cruel.

Esse padrão de beleza “esbelto, slim” difundido por todos os cantos do mundo já chegou até a ser questionado nas passarelas da moda. Não é de hoje que existe um “burburinho”em volta da magreza cada vez mais exagerada das modelos. O São Paulo Fashion Week deste ano mais uma vez dividiu opiniões quando o assunto foi a forma das tops. Uns defendem que é mais fácil produzir os looks para pessoas magérrimas, que o caimento na passarela é melhor. Querido leitores, não seria este argumento mais uma mensagem preconceituosa de que “quem não se encaixa neste padrão, não se encaixa em mais nada”?

Não sou contra a quem busca melhorar a aparência, emagrecer. Se você não está satisfeito com o corpo que possui, tem todo direito de procurar maneiras para deixá-lo como sonha. O problema é quando se busca seguir essa ditadura da perfeição negligenciando o bem mais importante que temos: a vida! Pode parecer, mas não é um discurso demagógico. A vida deve ser sempre nossa prioridade.

Não seja acomodado! Faça exercícios físicos regulares e tenha uma boa alimentação. Essa é uma ótima maneira de cuidar da saúde e viver bem. Assim você poderá se aceitar, gostar de si e enxergar que a beleza está em cada um de nós!

Published in: on 26/01/2010 at 8:33 PM  Deixe um comentário  

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